A sociedade em que estamos inseridos está repleta de atividades que nos ocupam uma parte considerável da nossa energia, do nosso dia e, consequentemente, temos menos predisposição para nos debruçarmos sobre as causas fundamentais da felicidade.
Imaginamos de uma forma mais ou menos consciente que quanto mais multiplicarmos as nossas ocupações mais potenciamos as nossas satisfações e também mais se desvanece o sentimento de insatisfação. Mas esta não é a realidade!
Muitas das pessoas, pelo contrário, estão frustradas e dececionadas, mas não veem outra solução que não estar sempre em atividade, trabalho, saídas, conversas, ligadas incessantemente ao mundo on-line e a uma infinidade de acontecimentos. É preciso esclarecer que este é só um modo de vida do mundo contemporâneo. Foram-se perdendo as tradições que remetem para uma transformação interna e pessoal, tal como é a prática de meditação e de yoga
As técnicas de meditação e yoga apontam para a transformação do espírito, potenciam vários aspectos como a atenção, o equilíbrio emocional, o altruísmo e a paz interior
Vários estudos demonstram que meditação diária praticada durante 6 a 8 semanas diminui a ansiedade, reduz a tendência para a depressão, reforça o sistema imunitário e o bem estar em geral, abranda as sensações de raiva e cólera e torna-nos menos vulneráveis à dor (física e emocional).
Qualquer um de nós dispõe do potencial necessário para se libertar dos estados mentais que aumentam o nosso sofrimento, da capacidade apropriada para encontrar paz interior e para contribuir para o bem comum, para o bem pessoal e de todos os que nos rodeiam.
As posturas e sequências de yoga preparam o corpo para a prática de meditação, para que possa estar sentado de forma confortável. As posturas fortalecem o seu corpo físico e a consciência da sua respiração para poder executar os movimentos. Yoga e Meditação não se desassociam, fazem parte do mesmo caminho: o caminho para dentro de si.
Vale sempre a pena melhorar, há sempre margem para ser um pouco melhor a cada dia que se vive. Não há ser humano que queira viver apenas para sofrer. Vivemos numa busca incessante de felicidade, de amor e estamos continuamente nesta busca no local errado, nas coisas e nos outros, numa viagem, numa casa nova com vista para o mar ou numa relação.
A felicidade genuína nunca poderá chegar de algo que venha de fora de nós mesmos ou materializada em algo ou em alguém. Esse tipo de felicidade é inexoravelmente momentânea e efémera.
Tem que ser interior e mesmo assim não será plena. A dor faz parte da essência da vida e a questão é a maneira como lidamos com ela, como nos permitimos ser afetados por pensamentos dolorosos, invadidos por ódios, feridos pelas palavras duras que nos dirigem. Nestes momentos dolorosos todos nós gostaríamos de conseguir controlar as nossas emoções. E a meditação e o yoga ajudam.
E como é que vai acontecer? Vamos desatando os nós, um a um, ganhando espaço na nossa vida, no nosso corpo e na nossa mente. Vamos unindo as várias dimensões do ser humano, corpo, mente, espírito e emoção. Estas dimensões que nos constituem enquanto ser vão começando a integrar-se e a trabalhar em conjunto para vivermos uma vida mais plena e, consequentemente, mais agradável.
Estes são alguns benefícios gerais, mas se cada pessoa é diferente da outra no seu aspeto exterior, por dentro também será certamente. Por isso, os benefícios que vai alcançar com estas práticas serão também diferentes dos meus, mas serão seguramente os que precisa a cada momento.
Para iniciar esta prática, muitas vezes, é mais fácil ter alguém que nos guie, para nos ajudar a ultrapassar o enorme fluxo de pensamentos que bombardeiam a nossa mente.
Para o auxiliar neste caminho, partilhamos algumas dicas para começar e onde poderá encontrar também algumas meditações guiadas.
Saiba mais aqui: http://bravemaryan.com/meditation/
Artigo by Inês Roseta Professora de Yoga e Meditação
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